A origem da segurança nacional americana
A política externa dos Estados Unidos no século XX não foi apenas uma sucessão de guerras ou tratados — foi a construção de uma máquina de poder. O chamado National-Security Management nasceu para muito mais do que proteger o país: sua função era moldar a opinião pública, definir inimigos eternos e sustentar um império global sob o pretexto da liberdade. Da Primeira Guerra Mundial ao Vietnã, o discurso do “mal supremo” — antes os alemães, depois os comunistas — serviu para justificar intervenções, golpes e uma guerra ideológica sem fim. Enquanto presidentes ampliavam o poder do Executivo e transformavam ajuda humanitária em arma política, críticos como Robert Taft e La Follette denunciavam o preço dessa expansão: a corrosão da própria democracia americana. O que nasceu como defesa virou dominação — e o “século americano” revelou-se, no fundo, o século da gestão do medo.


