A origem do corporativismo americano
A Primeira Guerra Mundial não apenas mudou o mapa do mundo — ela redesenhou o próprio coração do capitalismo. Nos Estados Unidos, o conflito serviu de laboratório para um novo modelo econômico: o coletivismo de guerra, uma aliança entre governo e grandes corporações que transformou o livre mercado em um sistema planejado, cartelizado e seguro para os gigantes industriais. Sob o pretexto da eficiência nacional, o poder público tornou-se o braço coercitivo da grande indústria, garantindo lucros, padronização e estabilidade. Do aço às ferrovias, do War Industries Board ao New Deal, nasceu o Estado corporativo moderno — um capitalismo domesticado, embalado em nome do “interesse coletivo”, mas sustentado pelo controle central e pela eliminação da concorrência.


