Exportar não significa enriquecer
Hazlitt desmonta um dos mitos mais persistentes da economia: a ideia de que “exportar é bom” e “importar é ruim”. Ele mostra que essa obsessão nacionalista por exportações é uma inversão completa da realidade. O verdadeiro ganho do comércio está nas importações — nos bens e serviços que um país consegue obter de fora, muitas vezes a preços menores ou com qualidade superior. Com uma lógica cristalina, Hazlitt explica que exportar e importar são dois lados inseparáveis da mesma moeda: um país só exporta porque precisa pagar pelas importações. Tentar “reduzir importações” é, na prática, sabotar suas próprias exportações. Ele ainda destrói mitos políticos como os empréstimos para estimular exportações, subsídios disfarçados de “ajuda internacional” e outras políticas que parecem enriquecer o país, mas na verdade o fazem dar coisas de graça ao estrangeiro. Em poucas palavras: uma nação não prospera ao vender para o mundo, mas ao comprar dele com inteligência.


